A Lei Rouanet, tradicional instrumento de incentivo à cultura no Brasil, encontrou um novo aliado no conceito ESG (Environmental, Social and Governance). Essa união ajuda impulsionar uma forma de pensar em projetos culturais, alinhando-os com os princípios de sustentabilidade e responsabilidade social.
O ESG não se limita às questões ambientais, mas abrange também os aspectos sociais e de governança. Ao aplicar os princípios do ESG a projetos culturais, as empresas e os próprios projetos podem demonstrar um compromisso com a sociedade.
Os benefícios vão desde:
- Reputação: Associar a marca a projetos culturais alinhados com o ESG fortalece a imagem da empresa como responsável e comprometida com o desenvolvimento sustentável;
- Engajamento: Permite um maior engajamento com os stakeholders, incluindo clientes, funcionários e a comunidade;
- Redução de impostos: A Lei Rouanet oferece incentivos fiscais para empresas que apoiam projetos culturais, o que pode gerar economia para as presas.
É importante integrar os princípios ESG em projetos culturais financiados pela Lei Rouanet, levando em consideração os seguintes aspectos:
- Análise do Ciclo de Vida: Avaliar o impacto ambiental de cada etapa do projeto, desde a produção de materiais até a disposição final dos resíduos;
- Diversidade e Inclusão: Promover a diversidade e a inclusão em todas as etapas do projeto, desde a equipe até o público-alvo;
- Transparência e Governança: Garantir a transparência na gestão dos recursos e adoção de práticas de governança sólidas. Costumo pontuar que o programa de renúncia fiscal da Lei Rouanet é um dos mais transparentes. Basta acessar a plataforma do MinC. Absolutamente tudo é fiscalizado por técnicos do MinC e pelos órgãos de controle, como o TCU – Tribunal de Contas da União.
- Métricas e Indicadores: Estabelecer métricas e indicadores para medir o impacto social e ambiental do projeto.
Alguns exemplos de projetos:
O grande desavio, de fato, é a integração entre a Lei Rouanet e o ESG, como a necessidade de conscientização sobre o tema e a falta de informações de como aplicar os princípios ESG na prática. No entanto, essa união representa uma grande oportunidade para fortalecer o setor cultural, promover o desenvolvimento sustentável e construir um futuro mais justo e equitativo.

Por Douglas Gomes - Managing Partner da GB2 Advisory
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